quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Miame Vice


Uma das minhas frases de cabeceira, se é que isso existe, é "rever é preciso", os filme de Michael Mann, Coleteral e Miame Vice, pouco me agradaram a primeira vista, minha admiração do diretor veio com Inimigos Publico, recentemente revi esses dois primeiros filmes que citei. 

Colateral(foto) me impressionou pelo domínio da narrativa que eu nem havia notado da primeira vez, já Miame Vice me agradou muito mas, entendo perfeitamente que defende o filme com um dos melhores da década passada, e até que se decepcionou com ele, pois que ai ao cinema esperando uma ação, acaba vendo um drama romântico, não vi o seriado dos anos 80, mas o filme esta muito longe do possível imaginário de policial daquela década , muito se fala da fotografia digital usada no filme, belíssima é claro, mas me impressiona muito mas a segurança de Mann em contar um estória, a presença de Li Gong e a própria natureza do filme me faz lembrar de Kar Wai Wong, sobretudo de 2046, Miame Vice como os filme desse diretor asiático, parece tratar o amor de uma maneira quase abstrata, Miame Vice já foi acusado de ter muito visual e pouco conteúdo, no passado já concordei com isso, hoje acho que é acusação de quem esta míope para beleza do amor proibido, tão belo como a fotografia do filme, que conhecemos aqui 

Por fim Miame Vice não é um filme totalmente desprovido de ação, na hora final do filme essa marca lugar, tem um cena de tiroteio incrivelmente bem dirigida, a melhor que eu vi desde Fogo contra Fogo do próprio Mann e que me lembra do duelo final de Três Homens em Conflito do Leone.
Grande filme.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Carnage


Carnage é inspirado em uma peça de teatro de Yasmina Reza, mas para quem viu o filme é inútil dizer que se trata de uma adaptação teatral, pois isso qualquer  pode perceber.

Temos dois casais: Kate Winslet  e Christoph Waltz; e Jodie Foster  e John C. Reilly, e uma discussão no apartamento desses dois últimos causada por uma briga em playgroud entre os filhos dos casais. A discussão é mera desculpa para uma comedia de humor negro que  ironiza a pompa burguesa de nossa época.

É uma tentação chamar Carnage de “teatro filmado”, na verdade seria isso nas mãos de outro diretor, mas Polanski se esforça para fazer algo mais interessante, sua câmera é estática na maior parte do tempo, mais seus closes e a distancia que ele mantém dos personagens é meticulosamente calculado, como na cena em que Waltz depois de se afastar de outros personagens após atender o celular, Também fica distante da câmera é mal podemos ver a expressão do seu rosto, e na cena seguinte temos um close-up de C. Reilly enquanto ele questiona Waltz; e em outra cena a câmera persegue Winslet, que por sua vez persegue Foster pela casa, e quando a segunda pede desculpas por um ocorrido anterior, vemos a câmera focar em Foster por um segundo enquanto ele vira a cabeça para trás e olha com certo desprezo.

No espaço limitado do apartamento Polanski chega a atingir a claustrofobia em alguns momentos, especialmente na primeira meia hora em que os casais ainda tenta mostrar sua polidez nas falas, embora suas expressões denunciem o contrario, a estranheza da situação e potencializada pela direção e faz um filme bem incomodo em sua primeira metade.

Após os 30 minutos inicias o filme cai radicalmente, fazer piada da classe média e suas manias politicamente corretas não é nenhuma novidade no cinema , e como o filme vira um mera lavação de roupa suja entre os personagens, tão comum em filmes de proposta semelhante, a media que o tempo passa Carnage vai ficando a cada minuto mais morno.

 As atuações? Pela própria natureza do material, o desenvolvimento da trama e pautado nos diálogos e não na ação, com quatro atores de renome, Polankis coloca seus personagens para gritar, espernear e fazer caras e bocas, são boas atuações sim, sendo a única mais exagerada e que mais me desagrada a de  C. Reilly, vão ganhar alguns prêmios, mas são atuações boas pelo técnico, a identificação  com os personagens é importante para gostar de um filme, é como conhecemos  personagens só pelas suas facetas mais antipáticas é difícil querem acompanhar a estória daquelas pessoas

Carnage é ainda beneficiado pela sua curta duração, 70 minutos se cortarmos o tempo dos créditos, mas mesmo assim é um filme cansativo, mas até interesante.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Revendo Pânico

Por alguma razão, que eu não entendo bem, o uso de metalinguagem em um filme sempre rende elogios a obra, isso não é diferente quando Wes Craven resolveu fazer sua parodia/homenagem ao slasher movies que eu recentemente revisei e sua primeira continuação.


Brincado com seus clichês e arquétipos do seu gênero, hoje revisto Pânico  é um bom filme, acho que não era mais do que isso  na época, mas a euforia no seu lançamento fez dele um clássico da década de 90, não que esteja contra o filme, pelo contrario gosto desse filme auto-indulgncia e cheio de auto-referências, o que mais me incomodo é a falta de timing para o humor negro, sei que isso é muito subjetivo, mas tem alguns tentativas de criar humor no  3º ato que me fazem sentir  vergonha alheia, além dos excesso do roteiro no uso da famigerada metalinguagem, conte quantas vezes os personagens soltam frases do tipo: "Isso não é um filme" ou "Isso é realidade", o filme diverte sim mas cansa em alguns momentos.

No segundo filme as piadas internas estão em maior quantidade e ao meu ver são mais sacanas e cara-de-pau ainda, o que é positivo, mas no todo o segundo filme é (levemente) inferior ao primeiro, talvez porque seja mais morno no todo, talvez porque o roteiro não me agrade tanto dessa vez, sobre isso o primeiro filme funcionava muito bem como um whodunit vagabundo mais que agrada, já o segundo não funciona assim, o filme  tem uma reviravolta final que me parece meio boba, parece que foi inserida no roteiro de última hora, talvez porque em Hollywood reine o pensamento de que inflar os fatores que fizeram sucesso no primeiro filme rende um continuação melhor( o filme tem até uma cena bem divertida de estudantes de cinema discutindo continuações melhores que o original, não que seja o caso desse filme), mas no caso de Pânico 2 ainda rende um bom filme

I'm the Resurrection

O blog ressuscitou irmãos, ámen, vou voltara escrever texto só que agora sem cotações e mais informal do que antes, e olha que já estava bem informal, vamos ver se eu mantenho a regularidade.