quinta-feira, 30 de junho de 2011

O Retorno do Faroeste

Bravura Indômita
(True Grit) Eua/2010
Direção: Joel e Ethan Coen
Elenco: Hailee Steinfeld, Jeff Bridges, Matt Damon, Josh Brolin, Barry Pepper
Nota=*****

            A primeira coisa que escrevem sobre o mais recente filme dos Coen é que se trata da refilmagem do filme homônimo de 1969 estrelado por John Wayne e dirigido por Henry Hathaway, na verdade esse filme é uma nova adaptação da novela de Charles Portis, os Coen chegaram a declarar que nunca viram o filme “original”, bem é notável que muito detalhes, como certos diálogos, são idênticos a os do livro nas duas versões, mas é notável que os essa versão recente é bem mais fiel ao texto.
            Mais fiel, pois enquanto a versão de Hathaway se  concentra a trama como se fosse um aventura, o filme dos Coen filma um mundo decadente, em um cena em que um negociação financeira se torna um embate psicológico um personagem não pensa duas vezes antes de dizer: “ não complique as coisas o mundo já esta complicado do jeito que  está”; a fotografia de Roger Deakins de paisagens desérticas ajuda aumentar a sensação de desolação; assim esse Bravura Indômita faz uma grande sessão dupla com outro filme da dupla de irmãos: Onde os Fracos não tem Vez.
            Os já citados dialogo fazem um papel maravilhoso já que munidos de ironia se encaixam perfeitamente em um filme dos diretores de Fargo, o roteiro ainda tem um grande mérito em desenvolver seus personagens, um oficial da lei enche a cara de uísque, atira pelas costas e menti e o líder dos foras-da-lei e metódico e fala a verdade mesmo diante de seus inimigos, mas o oficial da lei também protege o que acredita e se mostra corajoso ao enfrentar os foras-da-lei  que por sua vez tem momentos de vilania asquerosos, o texto poderia cair facilmente na dicotomia ou simplesmente inverter um estereotipo do vilão com o do herói, mas a  inteligência do sutil texto cria personagens que no lugar de serem  classificados como seres bons e maus são pessoas pressas em um mundo perdido e agem de acordo com é necessário.
            Ótimos em dirigir embates verbais tensos, outro parentesco desse filme com Onde os Fracos não têm Vez, aqui esses duelos são beneficiados pelos ótimos atores: Jeff Bridges, Matt Damon e Hailee Steinfeld estam excepcionais, outro tipo de duelo: com armas, típicos em westerns, aqui são elevados ao nível de Sergio Leone graças ao uso da música. Um dos melhore filmes lançado no Brasil nesse ano.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

X-men: Primeira Classe

X-men: Primeira Classe
(X-Men - First Class) EUA /2011
Direção: Matthew Vaughn
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Kevin Bacon, Rose Byrne, Jennifer Lawrence, Beth Goddard, Morgan Lily, Oliver Platt, Álex González, Jason Flemyng, Zoë Kravitz, January Jones, Nicholas Hoult, Caleb Landry Jones, Edi Gathegi, Corey Johnson, Lucas Till, Laurence Belcher, Bill Milner
Nota=****

            Desde as primeiras imagens liberadas ouve muito desconfiança de um novo filme da franquia X-mem, depois de Wolverine outra bomba estaria a caminho? Agora podemos ver que  essa novo filme dos mutantes é uma das melhore adaptações de quadrinhos para o cinema.
            “X-Men: Primeira Classe” conta a história do início da saga dos X-Men e sua relação com importantes eventos globais. Antes dos mutantes se revelarem ao mundo, havia Charles Xavier e Erik Lensherr, futuros Professor X e Magneto, dois jovens descobrindo seus poderes. Nada de arquiinimigos: naquela época, eles eram amigos íntimos e trabalhavam juntos com outros mutantes para impedir uma Terceira Guerra entre as superpotências mundiais. Porém, nem todos tinham o mesmo ponto de vista e suas diferentes escolhas darão origem a dois grupos distintos, a Irmandade de Magneto e os X-Men do Professor X.
             Sabendo que nesse novo filme somos apresentados a personagens no fim da adolescia que estam começando a descobrir seus poderes Vaughn investe em um tom mais inocente do que o cinismo de Kick-ass e Nem Tudo é o Que Parece, escolha acertada que também podemos creditar ao produtor  e roteirista Bryan Singer, fã dos heróis mutantes Singer trata seus personagens com muito carinho, um cena repetida com certa freqüência no filme é da felicidade de um mutante ao encontrar outro como ele e descobrir que não é único.
            Devemos dizer que esse recurso funciona melhor do que nunca nesse filme, de certo modo tanto nos quadrinhos quanto nos filmes a mutação que causava os poderes sempre foi uma desculpa para discutir o preconceito, e agora com personagens que estam passando por uma fase de descoberta, tanto dos poderes como do mundo adulto, essa sensação de deslocamento e medo de não ser aceito típica da adolescia e ampliada condição especial desses personagens.
 O preconceito, aliás, ganha um pouco mais de dimensão nesse filme, se nos primeiros filmes da saga poderíamos perceber com um olhar um pouco mais atento que os comentários do filme sem restringem ao racial e a orientação sexual esse filme, por exemplo mostra que ainda existe um preconceito muito forte contra a mulher, e o filme não faz questão de mostrar isso de uma maneira nem um pouco sutil, vai ter quem diz que o filme se passa durante a guerra fria e por tanto seu comentário não é sobre a atual sociedade e sim sobre a de décadas atrás, mas não esquecemos que um filme e sempre um produto de seu tempo.
Pena que o filme peque em colocar personagens como Azazel, mutante de aparência demoníaca; Maré Selvagem; e Emma Frost, a Rainha Branca, apenas de modo alegórico e visual. January Jones que interpreta a ultima citada se restringe a repetir sua atuação do seriado Mad Men, além disso, seu visual de não ser o único momento falho no uso dos efeitos especiais do filme, o greenscreen utilizado no plano que revela o general russo em Moscou  é fraco, mas é incrível em outros momentos como em que Magneto levanta em o submarino.
Por outro lado o vilão de Kevin Bacon é um grande atrativo, se comportando como um Playboy megalomaníaco que lembra os primeiros filmes do 007, ele se mostra um grande reforço para um das maiores virtudes do filme: se afastar dos filmes de heróis, ou pelo menos do lugar-comum desses, na primeira metade vemos a jovem Magneto viajar por vários países casando nazistas responsáveis pela morte de sua mãe enquanto vemos Xavier e Mística conhecendo uma agente da CIA que os recruta como um reforço para o governo americano, a ação ocorre de modo quase que paralelo a trama, claro que em sua segunda metade o filme volta ao universo dos heróis mais familiar para uma inevitável batalha final entre os bonzinhos e os vilões, mas que ainda assim é incrível.
Esse lado de espionagem do filme permite Vaughn trabalhar com um certo suspense, além de brincar, em momentos com fatos históricos, sincronizando com a trama ou com os cacoetes dos filmes de herói, não é porque o filme não é sínico não quer dizer que existe espaço para piadas sínicas, afinal a única razão para o Magneto usar um capacete de chumbo na cabeça é para não ser controlado por um telepata, além de varias piadas internas que agradaram os fãs.
Jennifer Lawrence está incrível como Mística, mas seria impossível escrever sobre esse filme sem falar de suas maiores qualidades: James McAvoy e Michael Fassbender,  em vários momentos, como em que Xavier ajuda Erick a descobrir seus poderes na totalidade, poderia cair no forçado mas graças o talento desse atores esse e tanto outros momentos se tornam preciosos, além de nos mostrar coisas inusitadas sobre o passado dos personagens.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tony Scott filma a relação homem-maquina

Incontrolável
(Unstoppable) EUA/2010
Direção: Tony Scott
Elenco: Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Ethan Suplee, Kevin Dunn, Jessy Schram, Kevin Corrigan, Lew Temple
Nota=****

Em Incontrolável, lá pelo inicio, vemos um dos condutores do trem descer dele para mudar a direção dos trilhos, o condutor acelera seu passo para voltar para dentro do trem mais essa maquina de cor vermelho-sangue  que também acelera como se soubesse que aquele homem vai doma lá, desculpe pelo exagero dessas primeiras linhas mas  essa relação do homem com a máquina é o tema central de Incontrolável.
No filme Washington e Pine ,ambos bem a vontade sabendo que não existe muita expectativa sobre o que podem fazer,  são os corajosos condutores que se arriscaram para controlar essa máquina desgarrada, seguindo o padrão dos filmes catástrofe o roteiro de Mark Bomback está recheado de clichês e cacoetes, mas a trama por si mesmo não é importante a Scott, mas mesmos assim ele tem seus méritos, na era em que filmes catástrofes são sinônimos de apocalipse e terroristas megalomaníacos, Incontrolável tem seu mérito em uma trama mais inocente, já no inicio do filme sabemos qual final esse vai ter levando em conta apenas o que é permitido no cinema-entretenimento, no qual o espectador paga seu ingresso só esperando diversão e nada mais, sem nenhum espaço para tragédias .
Mas o que faz desse um filme acima da média é o tesão de Scott(seu melhor filme em um bom tempo) em filmar a maquina, a câmera não para em nenhum momento nem quando filma os personagens e muito menos quando filma o trem desgovernado, afinal a velocidade é a melhor representante da maquina, e embalado tela trilha sonora “mecânica” faz a tensão das cenas crescer .
E quando o homem entra em cena para guiar á maquina essa não é apenas uma relação de servidão, o homem esta conectado ao aço do trem (essa relação é mais bem explorada em outro filmes do diretor como Dias de Trovão), o homem pode controlar as maquinas mas ainda depende dessas.
O que resta é um estória não muito interessante, um vilão-caricatura e um uso CGI que não agrada 100%(triste a cena da curva); mas isso é muito pouco perante ao trabalho de Scott.


O Cinema da Verdade em O Casamento de Rachel

O Casamento de Rachel
(Rachel getting married)  EUA/2008
Direção: Jonathan Demme
Elenco: Anne Hathaway, Rosemarie Dewitt, Mather Zickel, Debra Winger
Nota=****

Kim ganha alta da clinica de reabilitação para ir ao casamento de sua irmã Rachel, a primeira vista Kim é um figura pitoresca dessa que vivem no mundo das celebridades cool-blasé  que é o mundo moderno faz tanta questão idolatrar até que chegamos ao local do casamento de sua irmã: as roupas, as pessoa, os espaços, musicas e situação: é tudo muito carnavalesco é Rachel recolhi seu sofrimento naquele ambiente festeiro, uma festa multicultural, diga-se de passagem.
No roteiro de Jennifer Lumet, a família não é um grupo de pessoas onde as relações são sempre harmoniosas, e a  Kim encarnada  por Anne Hathaway em sua melhor atuação é um canalizador para as feridas que ainda não estão totalmente curadas voltarem a sangrar, existe muito ressentimento entre aquelas pessoa, mas também há amor e carinho.
Kim deslocada em um ambiente onde todos parecem conhecer seus problemas, as cenas em que ela é filmada em um momento de solidão em um quarto ou á beira de uma piscina onde ela acende uma vela sobre um mini-barco transparecem uma veracidade e angustia únicas.
Jonatham Demme  que filma com câmera na mão, como um filme caseiro evoca um tom intimista, que infelizmente falha ao cair em alguns momentos melosos, um aposta  de lavar pratos na cozinha vira um forçado momento dramático, mas temos um câmera acertada ao capturar a inquietação de Kim em ser apenas a coadjuvante de sua irmã certinha, tanto que Kim não pensa duas vezes em cutucar sua próprias feridas e de seus familiares, mas á media que o casamento e o final do filme vai se aproximado Kim percebe que esse o momento de brilho da Rachel, cabendo a ela o papel secundário.

Notas

“X-men:First Class” é realmente um filme incrível, vou escrever mais sobre ele e  depois posto aqui.


“Meia-Noite em Paris” está sendo chamado de o Melhor Woody Allen em tempos, estou louco para ver.


Pelas criticas “Carros 2” é o pior filme da Pixar, será mesmo que John Lasseter errou dessa vez? Bem não resisti e ai vai um cartaz infame mais muito sincero sobre o filme

"Melhor Chace da DreamWorks de ganhar o oscar em anos"

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mudanças

Bem meus caros, estou mudando o sistema de cotação do blog para o tradicional modelo de estrelinhas.

A razão: preguiça, acho bem mais cômodo dar notas através de estrelas que vão de 1 à 5(além da famigerada bola preta), também por preguiça não mudarei a cotação anteriores do site.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Os Dvds estão chegando!

 Alguns lançamentos da indústria de home vídeo recentes que merecem destaque nessa época em que os cinema  estão inundados  pelos blockbusters.

A Festa Nunca Termina: filme de Michael Winterbottom filmado em 2002 sobre a cena musical da cidade de Manchester dos anos 70 ao início dos 90, não é dos melhores do diretor mais é imperdível para fans do Joy Division e do Happy Mondays, lançado pela Fox o DVD conta com cenas excluídas e comentários em áudio dos realizadores.

Olá, Mamãe: um dos primeiros trabalho do Brian De Palma e estrelado por Robert  De Niro, continuação de Saudações filme realizado pela dupla no ano anterior. No filme De Niro é Rubin,  um rapaz que volta da guerra do Vietnã e , planeja fazer filmes pornográficos a partir da janela de seu apartamento, registrando as pessoas dos outros prédios. A idéia não da muito certo e, para facilitar, ele tenta seduzir uma das garotas que observa de sua janela. Muito sexo, curioso para os admiradores do diretor pena que o DVD lançado pela Vintage Films venha “pelado” de extras.

Trágica Obsessão: também do De Palma, esse aqui também lançado em um DVD pobrezinho, só que pela Paragon, o filme inspirado em Um Corpo que Cai  é um dos melhores dos primeiros anos do diretor

MacBeth: sombria adaptação shakespeariana feita por Roman Polanski, não acredito que seja um dos melhores do diretor; faz muito tempo que vi, posso estar completamente errado, lançado pela Sony o DVD tem poucos extras, nós fans do cinema  merecíamos mais, mas dá pro gasto.

sábado, 18 de junho de 2011

Últimos filmes vistos




Bem depois tem um tempo sem postar aqui vão algumas linhas de filmes que ainda não escrevi:
Os Vampiros que se Mordam de Jason Friedberg e Aaron Seltzer: pobres trios ZAZ, fizeram varias paródias ótimas, hoje verdadeiros clássicos do humor, para no futuro verem o gênero que ajudaram a construir afundar. Esse aqui deveria ser um parodia á atual moda dos vampiros, mas se concentra excessivamente nos dois primeiros filmes da Saga Crepúsculo, existem referencias a Buffy, True Blood, Vampire Diaries e até Gossip Girl mas são todas mínimas e sem graça, de resto humor transita entre o nonsense, que as choca mas quase nunca faz rir, e piadas de banheiro(aqueles que envolvem peidos e outras escatologias), ainda assim esse filme é superior do que outro semelhantes(Espartalhões, Deu a Louca em Hollywood) por duas razões:Jenn Proske, protagonista que consegue reproduzir com perfeição todos os maneirismos e trejeitos da Bella e os curtos 86 minutos de filme, que acaba como se os realizadores não sabiam como terminar de contar a piada mas não irrita muito.Nota=2

A Última Noite de Robert Altman: existe um clima de pré-nostalgia que percorre de ponta a ponta o último filme do Altman, ao se passar nos bastidores de um programa de radio que está próximo ao seu filme nós vemos um mundo idealizado do interior americano dos anos 40 e 50 feitiço que só quebra no final do filme quando vemos pela primeira vez uma personagem falando ao celular, mas homenagem não para por ai. Figuras como Guy Noir (olha só o nome!) interpretado por um Kevin Kline meio Buster Keaton e uma femme fatale loira de sai branca apertada Altman recria um mundo dos detetives clássicos de Hollywood, mas esse é apenas um mundo ficcional, isso o filme deixa bem claro, mas que continua a existir. Esse também é um filme permeado pela morte, sempre tratada de uma maneira filosófica e melancólica, Altman que já estava idoso e doente quando realizou esse filme não pestaneja em colocar um personagem pra dizer que a morte de um velho não é uma tragédia, contando com um maravilhoso elenco que criam personagens interessantes e seguram os ótimos números de country music, esse filme é o testamento de um mestre. Nota=10
Baraka de Ron Fricke: engraçado como os filmes do realizador Koyaanisqatsi são rotulados de documentarios; percursor de um cinema expermental e não narrativo o cinema de Ron Fricke não conta um estória linear ou possuem dialogos e personagens, não por isso são menos facinantes. No caso desse Baraka um conjunto de imagen de povos africanos em ritos religiosos até carros nas ruas de Nova York são contrapostas para mostra nooso mundo como um  benção, uma obra impactante sem ser vazia. Não é o melhor filme em sua obra e não alcança totalmente sua ambição mais é admirável. Nota=9


O Prisioneiro da Grade de ferro de Paulo Sacramento: Héctor Babenco que me desculpe mas se existem um obra-prima sobre o Carandiru é esse filme aqui , na verdade dizer que um filme sobre o carandiru é minimizar o fato que esse é um filme sobre todo o sistem carcerario brasileiro, filmado com a camera na mão dos proprios prioneiros conhecemos então o mundo dentro da cadeia a partir da visão de quem esta lá,fugindo de julgamentos morais baratos sem esconder a verdade, mas não só isso ao mostrar mas ao final o que certas autoridades e reponsaveis pelo Carandiuru enxergam o sistema carcerario brasileiro, também sem jugalos,  o filme ganham um complexidade única. Nota=10


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Justificando falta

Passei os últimos dias de cama o que, além de me impedir de ir ao cinema ver o badalado X-Mem  me deu um desanimo de postar qualquer coisa aqui, para tirar o atraso minhas breves impressões sobre filmes recentemente vistos e sobre o qual não tinha escrito nada aqui.

O Último Imperador de Bernardo Bertolucci- Um dos filmes mais badalados do diretor é me parece o elo mais fraco de sua trilogia do oriente (tenho de revisar o Buda para ter certeza). As cenas na cidade proibida são belíssimas é poucos diretores sabem trabalhar a câmera tão bem, mas existe uma necessidade de reforçar que se trata de um filme épico e isso se resume a inflar tudo, a duração que na versão estendida do DVD chega aos 200 minutos, as pretensões políticas e históricas ou simplesmente  o sexo; um dos poucos diretores que sabe usar o sexo de um maneira não gratuita e que acrescenta algo a obra, nesse filme Bertolucci filma de maneira quase fetichista. Mas o que mantém essa obra acima da media é justamente o virtuosismo do diretor que parece não perder em nenhum segundo o gosto pelo que filma e o vigor de Peter O’ Toole e John Lone.Nota=7


Tiros na Broadway de Woody Allen- é notável como nessa altura da careira Allen já tinha abandonado o humor escachado do inicio de carreira por um humor mais negro e mordaz, notável também a capacidade de Allen de transforma os atores que protagonizam com ele em versões dele mesmo, e John Cusack parece ser até hoje o ator que se saiu melhor nisso, dito isso é triste constatar que Tiros é apenas um filme morno que carece de um melhor roteiro, existem algumas boas piadas, mas também existe um uso desnecessário da narração em off e ao tentar criar personagens complexos dando á eles contradições Allen só cria personagens obviamente contraditórios e previsiveis.Nota=6

sábado, 11 de junho de 2011

Simplesmente Alice: Woody Allen homenageia Fellini

Simplesmente Alice
(Alice) EUA, 1990
Direção: Woody Allen
Atores:  Mia Farrow, Joe Mantegna,William Hurt, Alec Baldwin, Keye Luke, Blythe Danner, Judy Davis, Cybill Shepherd
Nota=8


Em 1965 Federico Fellini filmou “Julieta dos Espíritos”; filme em que a protagonista, Julieta, entra em crise após descobrir que seu marido mantém casos extraconjugais; (o filme é levemente autobiográfico),Julieta entra  em conflito com sua formação religiosa rigorosa e embarcado em mundo onírico, em que o real e o imaginário se misturam.
Em 1990 Woody Allen filmou “Simplesmente Alice”; filme em que a protagonista, Alice, entra em crise após descobrir que seu marido mantém casos extraconjugais; Alice entra  em conflito com sua formação religiosa rigorosa e embarcado em mundo onírico, em que o real e o imaginário se misturam...Bem, antes que plagio venha a sua cabeça Woody Allen não tenta esconder em nenhum momento que Alice é uma homenagem ao filme de Fellini, não só na estória, é interessante notar como direto reproduz a fotografia do filme original em que cenas em um branco quase total contrastam com outros totalmente coloridas em que a protagonista em um vermelho cintilante aparece deslocada no fundo verde expressionista.
Claro que como uma homenagem fica difícil não comparar os dois filmes, onde Julieta se mostra claramente superior, o filme de Allen claro tem varias sacadas criativas, mas nada que chegue ao nível do italiano.
Aqui o humor também é mais discreto, não que as piadas sejam ruins mas o filme quase não apela para ironia rasgada de outros filme do comediante neurótico , o que pode decepcionar alguns fãs.
Allen ainda acerta em batizar sua personagem de Alice, pois a garota que  descobre um mundo onde não existe fronteiras entre o sonho e a realidade também esta presente na literatura de Lewis Carroll, e aqui na atuação de Mia Farrow  fica impossível  não embarcar nesse filme.  

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Filme lançado direto em DVD

Montanha Cega
 (Mang Chan) China, 2007
Direção: Yang Li
Atores: Huang Lu
Nota=9


A câmera foca em Bai acuada no canto do quarto, histérica alguns segundos atrás agora presa , não tem um único acompanhando a cena que torna cada vez mas angustiante.





Lançado diretamente em DVD “Montanha Cega”, filme chinês excepcional, narra a historia de Bai, um mulher recém formada que consegue um emprego de coletar ervas medicinais no norte da china, logo em sua primeira viagem ela descobre ser esse emprego falso e então e seqüestrada pelo seu empregador e vendida para ser esposa de homem que trabalha com sua família na área rural, onde ela é mal tratada e constantemente estrupada.



Vemos constantemente a China se chamado de país do futuro, graças ao seu desenvolvimento econômico, o que vemos aqui é um país que esconde sua parcela de atraso em uma sociedade quase arcaica, choca perceber que a única pesso que tem estudo a nível superior na aldeia é o professor e que a maioria dos habitantes nem sequer devem saber ler ao mostra desprezo diante dos livros.
Câmera naturalista do diretor Yang Li não livra a barra para o publico em nenhum momento, cenas longas, o não uso de trilha sonora ajudam a passar a idéia de desconforto sofrido por Bai, enquanto as paisagens de montanhas e natureza ajudam a passar o isolamento da vila em relação as cidades devolvidas ao mesmo tempo  a sensação de tranqüilidade e calmaria dessas  contrasta com os fatos abomináveis que ocorrem na vila.
Mas o forte do filme é sua denuncia da corrupção: tudo gira em torno do dinheiro para um ser atendido por um medico em uma emergência até conseguir uma carona deve-se pagar primeiro, claro sabemos que a corrupção não um exclusividade da china rural, o que faz se montha cega um filme universal


Para quem perdeu no cinema



O Vencedor
(The Fighter) EUA, 2010
Direção: David O. Russell
Atores: Mark Wahlberg, Christian Bale, Amy Adams, Melissa Leo, Mickey O'Keefe, Jack McGee
Nota=9


Na primeira cena de “O Vencedor” vemos Dicky Eklund(Christian Bale) falando diretamente com a câmera, “devo ficar olhando para câmera”, logo no inicio o tom documental já se mostra presente no filme de David O. Russel vencedor de dois Oscars e agora em uma ótima dica em  DVD, para quem não teve a chance de ver no cinema.
O filme narra a historia dos irmãos Dicky e Micky Eklund(Mark Wahlberg), o primeiro que já teve seus momentos de gloria no boxe hoje treina seu irão mais novo que é um primoroso lutador e é empresariado por Alice (Melissa Leo), sua mãe. Só que a família sempre o coloca em segundo plano em relação à  Dicky, o que impede que Micky consiga ascender no esporte.
A estratégia de filmar em documentário, diga se, é acertado com uma fotografia que lembra uma estética de documentário de televisão e uma delicada recostrução de época de uma comunidade de descendentes de irlandeses nos EUA do inicio dos anos 90 feito através de coisa simples que contamina desde as roupas e penteados até o vocabulário dos personagens (quer coisa mais anos 90 do que apelidar alguém de “garota da MTV”). O diretor filma com câmera na mão, sem ser exibicionista e estilizado, sempre próximos aos seus personagens logo aproximando o público do drama daqueles personagens.
Claro que esse drama só é convincente graças ao seu maravilhoso elenco, Mark Wahlberg interpreta Micky de uma forma centrada mostrando que seu talento discreto e ainda um grande talento,  Melissa Leo incrível na sua interpretação da mãe gananciosa, Amy Adams também esta ótima no papel de mocinha que rompe com tudo o que só pode esperar de uma mocinha e com tudo que a atriz interpretou anteriormente, claro é impossível não falar de Bale, com seu personagem ensandecido e cheio de tiques que chega a caricatura, inicialmente ele representa o tom de comédia que o filme passa em alguns momentos, esse humor ajuda o filme não se transformar em um melodrama muito exagerado, mas a medida que o filme transcorre percebemos o lado mais sensível e humano desse personagem, Bale se sai incrível nesses momentos dramáticos dando profundidade e tridimensionalidade  ao personagem estereotipado
Bem, claro que esse é um filme cheio de clichês, muitos se apegam a esses para criticá-lo negativamente, mas o roteiro cria diversas situações onde esses clichês são usados para dar uma profundidade a trama expondo que existem verdades neles.
Mostrando ainda uma consciência social ao mostrar a realidade do crack sem ser moralista, o vencedor é um triunfo pelo seu elenco, roteiro, direção e pela sua pouquíssima comentada trilha sonora, com ótimas musicas Whitesnake, The Breeders, Led Zeppeline e Red Hot Chili Peppers.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Encouraçado Potemkin




O Encouraçado Potemkin
(Bronenosets Potyomkin) 1925, URSS
 DIRETOR: Sergei Einsenstein
ELENCO: Alexander Antonov, Vladimir Barsky, Grigory Alexandrov, Marusov, Mikhail Gomorov

Nota=10

Clássico máximo do cinema soviético, retratando a Revolução de 1905 na Rússia Czarista o filme é um protesto contra o abuso de poder, ao filmar um grupo de marinheiros que se revolta contra os abusos e não se rende ao uso coercivo do poder pela autoridades Einsenstein fez uma filme que não só dialoga com a revoluções comunistas, mas de carater universal, ainda hoje quando vezes ainda vemos governantes usarem seu poder de uma forma injusta, prejudicando as nações que esses devem governar.
È  claro que esse filme é muito mais ideologicamente  complexo do que parece: o poder de gorvernar não deve ser exercido sobre o povo mas pelo povo;  os tripulantes mais humildes estam  cansados dos maus tratos pelos superiores, mas indiferente de que for o superior eles serão bem ou mau tratados?  Seguindo a ideologia de esquerda podemos ver que Eisenstein acredita na liberdade plena quando existe uma igualdade plena, logo temos um filme que leva reflexos sobre o ideal de ser livre.
Claro que é impossível falar desse filme sem falar das inovações técnicas desse; explorando a montagem dialética, que consiste em alternância entre planos de duas sequências, formarem um novo significado, de uma forma mais inovadora, alternado momento de paz e alegreia com outros de tenssão, o diretor consegue criar uma atmosfera de suspense e amplia o peso dramatico de suas cenas mais chocantes.
A música também e muito bem usada para asuntar momentos dramaticos e ,auxiliando a montagem energica, dar mais fluides a trama, logo esse filme se torma até mais prazerroso de se assistir para o público atual que outro filmes mudos por serem de um ritmo mais lento.
A fluides da camera, ainda revela um trabalho cuidadoso, obseve a cena que camera faz uma panorama sobre as pessoas vão visitar o corpo do marinheiro morto, a famosa cena da escadaria homenageda por Brian DePalma ou a cena em que alguns marinheiro serão executados, o posicionamento da camera somado a disposissão dos marinheiro encurralados no canto do navio traz uma ideia de urgencia a cena que permeia todo o filme, claro que esse e outros recursosusados para aumentar os momentos dracitados não são gratuitos, poís separados são técnicas cinematograficas interesantes mas juntas fazem parte de um todo mais coeso e dotado de mais impacto    


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Rio

Rio
(idem) 2011, EUA
Direção: Carlos Saldanha
Com Vozes de:Jesse Eisenberg, Anne Hathaway, Geoge Lopez, Jamaine Clement, Tracy Morgan, Leslie Mann, Jake T. Austin, Rodrigo Santoro.
Nota=6

A esta altura do campeonato o que resta falar de Rio, bem vi o filme alguns dias atrás e simplesmente esqueci-me de escreve sobre ele aqui, bom, pois esquecível é um adjetivo perfeito para o filme.
O filme é colorido os bichinhos de olhos grandes sambam por qualquer motivo e existem ainda outros tantos estereótipos sobre o Brasil que foram tratados em tatos outros textos escritos sobre o filme, incrível mesmo e que o filme faz uma caricatura em tudo que pode fazer, não só a cidade é estereotipada mas os personagens, a trama e os vilões; tudo é simplificado ao máximo e desnecessariamente previsível.
Bem é claro que o filme tem sua parcela de qualidades: o excesso de cores funciona em alguns momentos, existem algumas boas piadas perdidas em meio a outras meio insossas, existem um cena boa onde  um jogo de futebol na TV se torna um paralelo a uma perseguição e Blu tem até seu carisma; fora isso não vou escrever mais nada sobre o filme; abraços.   

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A Era do Rádio

A Era do Rádio
(Radio Days) 1987, EUA
Direção:Woody Allen
Atores: Seth Green, Julie Kavner, Dianne Wiest, Mia Farrow, Danny Aiello,
Diane Keaton
Nota=9




Continuando meu modulo Woody Allen passo por esse filme de 1987 sem saber ao certo o que deveria esperar e descubro um perola, não sei por quê ouvi falar muito pouco desse filme.
Como titulo indica esse filme trata da era do rádio, época nas décadas de 30 e 40 que o rádio fazia muito sucesso nos EUA, até porque ele ainda não tinha perdido seu espaço para televisão, o filme acompanha o cotidiano de um garoto,como sempre um alterego do próprio Allen, e sua família, o próprio diretor faz uma naração em off durante o filme dando a esse um clima nostálgico e idealizado, mas como ele logo comenta no inicio do filme”desculpe se estou romanceado minha de lembranças, mas as lembranças são sempre romanceadas”; logo  Allen transforma um recurso bobo que por vezes até atrapalha, e nesse filme a narração atrapalha em um momento ou outro, em um ótimo recurso.
Como o filme tem como o tema o rádio, logo muitas canções clássicas da época são usadas: desde do tema do Besouro Verde que surge nos créditos iniciais até as musicas de Carmen Miranda(ver video); passando pelo “Cachimbo do Marinheiro” que você deve conhecer como a música de abertura do desenho Marinheiro Popeye e que rende um dos momentos mais divertidos do filme, claro não todas as canções são bem utilizadas e alguns números musicais aborrecem mas nada que estraga o filme.

Repleto de ótimas piadas, arrisco dizer que alguns das melhores do diretor, A Era do Rádio não se destaca só como comedia mas também  em seus momentos dramáticos a cena em que o resgate de uma menina que tinha ficado presa no fundo de um poço é narrado pelo radio é verdadeiramente agustiante e outro que pesonagens ouvem sobre a 2º Guerra  e melancoliamente belo,  essa beleza naturalmente vem da esperança.”O mundo é lugar bonito mas tem muita gente louca andado por ai”.
Assim como em Zelig o filme é permeado de referencias historicas do ataque a Pearl Harbor até a guerras dos mundos de Orson Welles. Por enquanto é só  depois volto com mais Woody Allen e outras coisas boas.

P.S: O filme conta com uma partipação especial de Diane Keton, Você consegue indentifica-lá.




quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nem tudo que é Woody Allen é ótimo



Bem, primeiramente gostaria de anunciar que estou fazendo um modulo Woody Allen, ou seja estou assistindo vários filmes do diretor, dando preferência aos que ainda não vi e escrevendo, sempre que possível, minhas impressões;
dito isso vamos ao filme


Sonhos eróticos de uma noite de verão
(A Midsummer Night's Sex Comedy ) EUA,1982
Direção:Woody Allen
 Atores: Woody Allen, Mia Farrow, José Ferrer, Julie Hagerty, Tony Roberts, Mary Steenburgen
Nota=6


Esse filme 1982, como é naturalmente em Allen, é inspirado em um filme do Bergman: Sorrisos de uma Noite de Amor de 1955; outra curiosidade do filme é que foi a única indicação de um filme do diretor para a Framboesa de Ouro, sendo essa para pior atriz Mia Farrow.
Fato é Farrow esta pouco inspirada nesse papel as menos lembradas Julie Hagerty e Mary Steenburgen estão bem melhores, mas nada que justifique um indicação para pior atriz, claro essa foi uma oportunidade para framboesa pegar no pé de um realizador que depois vários filmes muito bem sucedidos fez um fracasso de bilheteria , bem nessa época ao menos o premio fazia algum sentido  diferente de hoje que é um mera oportunidade de chutar cachorros mortos.
Voltado ao filme, sempre espero as sacadas criativas de Allen ao assistir seus filmes, e aqui elas simplesmente não ocorrem, existe varias boas piadas, a maioria após a primeira hora de filme; a construção de personagens é bem feita mas longe de ser boa como na obra-prima Interiores, e assim segue o filme sempre morno.
O que resta é mergulhar nos questionamentos de Allen: “amor e atração física são coisas totalmente desassociadas” e  “até que ponto o homem é civilizado” enquanto acompanhamos varias ramificações amorosas que ocorrem no filme, nos maravilharmos como as belas imagens de natureza muito bem fotografadas e soltar algumas risadas ao longo dos curtos 88 minutos de filme.
Se o filme não é um fracasso total também não deixa de decepcionar pelo que se espera do seu diretor.




quarta-feira, 1 de junho de 2011

Filmes do Mês-Maio

Filmes que vi no mês de maio, mês mais corrido e de menos filmes:

Bande à Part, de Jean-Luc Gordard, de 1964[nota=10]
Zumbilândia, de Ruben Fleischer, de 2009[nota=8]
Você vai Conhecer o Homem dos seus sonhos, de Woody Allen, de 2010[nota=5]
Segredos de um Funeral, Aaron Schneider, [nota=6]
Viridiana, de Luis Buñuel, de 1961[nota=10]
Ensaio de um Crime, de Luis Buñuel, 1955[nota=9]
Amor à Morte, de Alain Resnais, de 1984[nota=6]
Os 39 Degraus, de Alfred Hitchcock, de 1935[nota=9]
A Noite, de Michelangelo Antoioni, de 1961[nota=10]
Segredos do Coração, de Cristina Comencini, de 2008[nota=6]
Abril Despedaçado, de Walter Salles, de 2001[nota=9]
Na Hora da Zona Morta, de David Cronenberg, de 1984[nota=10]
A Morte Passou por Perto,de Stanley Kubrick, de 1955[nota=7]
O Dinheiro, Robert Breesson, de 1983[nota=10]
Nas Fronteiras da Alvorada, de Philippe Garrel, de 2008[nota=9]
Viver á Vida, de Jean-Luc Gordard, de 1962[nota=10]
Além da Vida, de Clint Eastwood, de 2010[nota=7]
Amantes, de James Gray, de 2009 [nota=10]
A Fita Branca, de Michael Haneke, de 2009[nota=10]






Melhores vistos no ano até agora

Bem, depois de um bom tempo sem postar aqui volto com uma lista dos melhores filmes que eu vi no ano até agora:
1. Touro Indomável (1980)
2. Os Incompreendidos (1959)
3. Johnny Guitar (1954)
4. Cão Branco (1982)
5. Três Homens em Conflito (1966)
6. A Corvesação (1974)
7. Chinatown (1974)
8. Videodrome (1983)
9. Viridiana (1960)
10. A  Noite (1961)