quarta-feira, 29 de junho de 2011

X-men: Primeira Classe

X-men: Primeira Classe
(X-Men - First Class) EUA /2011
Direção: Matthew Vaughn
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Kevin Bacon, Rose Byrne, Jennifer Lawrence, Beth Goddard, Morgan Lily, Oliver Platt, Álex González, Jason Flemyng, Zoë Kravitz, January Jones, Nicholas Hoult, Caleb Landry Jones, Edi Gathegi, Corey Johnson, Lucas Till, Laurence Belcher, Bill Milner
Nota=****

            Desde as primeiras imagens liberadas ouve muito desconfiança de um novo filme da franquia X-mem, depois de Wolverine outra bomba estaria a caminho? Agora podemos ver que  essa novo filme dos mutantes é uma das melhore adaptações de quadrinhos para o cinema.
            “X-Men: Primeira Classe” conta a história do início da saga dos X-Men e sua relação com importantes eventos globais. Antes dos mutantes se revelarem ao mundo, havia Charles Xavier e Erik Lensherr, futuros Professor X e Magneto, dois jovens descobrindo seus poderes. Nada de arquiinimigos: naquela época, eles eram amigos íntimos e trabalhavam juntos com outros mutantes para impedir uma Terceira Guerra entre as superpotências mundiais. Porém, nem todos tinham o mesmo ponto de vista e suas diferentes escolhas darão origem a dois grupos distintos, a Irmandade de Magneto e os X-Men do Professor X.
             Sabendo que nesse novo filme somos apresentados a personagens no fim da adolescia que estam começando a descobrir seus poderes Vaughn investe em um tom mais inocente do que o cinismo de Kick-ass e Nem Tudo é o Que Parece, escolha acertada que também podemos creditar ao produtor  e roteirista Bryan Singer, fã dos heróis mutantes Singer trata seus personagens com muito carinho, um cena repetida com certa freqüência no filme é da felicidade de um mutante ao encontrar outro como ele e descobrir que não é único.
            Devemos dizer que esse recurso funciona melhor do que nunca nesse filme, de certo modo tanto nos quadrinhos quanto nos filmes a mutação que causava os poderes sempre foi uma desculpa para discutir o preconceito, e agora com personagens que estam passando por uma fase de descoberta, tanto dos poderes como do mundo adulto, essa sensação de deslocamento e medo de não ser aceito típica da adolescia e ampliada condição especial desses personagens.
 O preconceito, aliás, ganha um pouco mais de dimensão nesse filme, se nos primeiros filmes da saga poderíamos perceber com um olhar um pouco mais atento que os comentários do filme sem restringem ao racial e a orientação sexual esse filme, por exemplo mostra que ainda existe um preconceito muito forte contra a mulher, e o filme não faz questão de mostrar isso de uma maneira nem um pouco sutil, vai ter quem diz que o filme se passa durante a guerra fria e por tanto seu comentário não é sobre a atual sociedade e sim sobre a de décadas atrás, mas não esquecemos que um filme e sempre um produto de seu tempo.
Pena que o filme peque em colocar personagens como Azazel, mutante de aparência demoníaca; Maré Selvagem; e Emma Frost, a Rainha Branca, apenas de modo alegórico e visual. January Jones que interpreta a ultima citada se restringe a repetir sua atuação do seriado Mad Men, além disso, seu visual de não ser o único momento falho no uso dos efeitos especiais do filme, o greenscreen utilizado no plano que revela o general russo em Moscou  é fraco, mas é incrível em outros momentos como em que Magneto levanta em o submarino.
Por outro lado o vilão de Kevin Bacon é um grande atrativo, se comportando como um Playboy megalomaníaco que lembra os primeiros filmes do 007, ele se mostra um grande reforço para um das maiores virtudes do filme: se afastar dos filmes de heróis, ou pelo menos do lugar-comum desses, na primeira metade vemos a jovem Magneto viajar por vários países casando nazistas responsáveis pela morte de sua mãe enquanto vemos Xavier e Mística conhecendo uma agente da CIA que os recruta como um reforço para o governo americano, a ação ocorre de modo quase que paralelo a trama, claro que em sua segunda metade o filme volta ao universo dos heróis mais familiar para uma inevitável batalha final entre os bonzinhos e os vilões, mas que ainda assim é incrível.
Esse lado de espionagem do filme permite Vaughn trabalhar com um certo suspense, além de brincar, em momentos com fatos históricos, sincronizando com a trama ou com os cacoetes dos filmes de herói, não é porque o filme não é sínico não quer dizer que existe espaço para piadas sínicas, afinal a única razão para o Magneto usar um capacete de chumbo na cabeça é para não ser controlado por um telepata, além de varias piadas internas que agradaram os fãs.
Jennifer Lawrence está incrível como Mística, mas seria impossível escrever sobre esse filme sem falar de suas maiores qualidades: James McAvoy e Michael Fassbender,  em vários momentos, como em que Xavier ajuda Erick a descobrir seus poderes na totalidade, poderia cair no forçado mas graças o talento desse atores esse e tanto outros momentos se tornam preciosos, além de nos mostrar coisas inusitadas sobre o passado dos personagens.

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