sexta-feira, 29 de julho de 2011

The Addiction

The Addiction
(idem) EUA/1995
Abel Ferrara
Elenco: Lili Taylor, Christopher Walken, Annabella Sciorra, Edie Falco, Paul Calderón, Fredro Starr, Kathryn Erbe
Nota=*****
            Abel Ferrara é um diretor que não esconde sua influencia do expressionismo alemão e também é um diretor  independente do material que cai em sua mão ele sempre o converte para transformado em algo de sua preferência e interesse como nesse The Adicition  um filme de vampios em que em nenhum momento o nome vampiro é pronuncida.
            No filme conhecemos uma estudante de filosofia finalizando seu PhD, em um noite andando pela rua e simplesmente arrastada por um mulher para um viela  e é mordida, o filme é filmado em preto é branco é nessa cena somente o rosto da “vampira” é iluminado, ainda que parcialmente, é esse jogos de fotografia e iluminassão permeiam todo o filme
            Não que esse rigor técnico seja gratuito, tudo tem uma função narrativa, desde a fotografia fantasmagórica que evoca um clima gótico ao filme até a cena em que a vampira é filmada diretamente enquanto sua vitima é iluminada através de um espelho, Abel mostra que enquanto o humano é um mera imagem, o verdadeiro morto vivo que não consegue atravessar sua própria passividade, o vampiro é real, isso porque ele não foge de seus vícios é abraça sua insaciedade por sangue enquanto o homem se satisfaz com o mínimo.
            Assim como um vampiro sempre antes de atacar sua vitima fala para essa mandar que ele saia, isso porque o homem não consegue olhar o pecado na cara e negar esses, o homem é incapaz perante o vicio, de certo modo essas idéias do Ferrrara são invertidas quando Christopher Walken surge na tela mas tudo caminha em direção da mesma conclusão.
            Ainda à espaço para fazer religião, outro tema recorrente ao diretor, que aqui funciona não como redentor dos pecados mas como um novo vicio, The Addiction é um filme provocante como poucos ousam ser.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Para sempre Lilya

Para sempre Lilya
(Lilja 4-ever) Suécia/2003
Direção: Lukas Moodysson
Elenco: Oksana Akinshina, Ardyom Boguchorsky, Pavel Poonacryow, Elina Benanson
Nota=*

            Desde os primeiro momentos de Para Sempre Lilya vemos Lukas Moodyson acompanhar com a câmera na mão Lilya(Oksana Akinshina), a garota esta ansiosa para se mudar para os Estados Unidos com sua mãe, logo descobre que ela será abandonada por sua mãe, que resulta em nua cena em que Lylia persegue o  carro de sua mãe e cai em um poça de lama, a cena é filmada em câmera lenta só que ao invés de fazer o telespectador sentir o drama da garota isso não passa de constrangimento filmado digno de uma vídeo-casetadas.
            Tudo que hoje é considerado necessário para uma abordagem realista câmera na mão tremida, close-up incisivo que sempre ficam próximos, muito próximo de Lilya, vai ter quem dizer que tom frio do filme é um maneira de trazer ao filme verossimilhança mas tudo na verdade parece ser usado apenas para constranger Lilya  e quem vê, parece que Lukas Moodysson tem um posição critica a cada e todo ato de sua personagem que levada pelo desespero age varias vezes pensando o mínimo possível.
            Essa estética realista junta a conduta de Lilya pode contribuir para que o filme seja visto como um conto de fada às vessas com direito a um anti-príncipe mas parece que o único interesse do diretor na miséria, o filme ainda usa a trilha s, que impresionan justamente por sua simplicidade.
            Próximo do final o filme sucumbe ao realismo fantástico mas só para  posteriormente anular esses momentos, tudo gira em torno de potencializar um retrato do mundo como lugar trágico, isso inclui a manipulação barata feita pelo diretor  do destino de sua personagem, afinal, antes do final(não leia o resto se não viu o filme) colocar  a cena em que por simplesmente fazer as escolhas certas livrou Lilya de seu destino, Lukas mostra que preferiu optar pelo destino triste, afinal porque alguém acreditaria que alguém planta legumes no inverno, Lilya esta desesperada mas ela é tão inocente e burra assim para cair de forma tão simples na mão de um traficante de mulheres, ainda que a cena em que os personagens após morrerem são filmados como “anjos” é impressionante por sua simplicidade, Para sempre Lilya é um fiasco

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Quem Matou Leda?


Quem matou Leda?
(À Double Tour) França/1959
Direção: Claude Chabrol
Elenco: Madeleine Robinson, Antonella Lualdi, Jean-Paul Belmondo, Jacques Daqcmine, Jeanne Valérie, Bernadette Lafont, Andre Jocelyn, Mario David
Nota=****

            Um dos primeiros grandes direitos da Nouvelle Vague, Claude Chabrol já se mostrava seu talento desde seus primeiros filmes como esse “Quem Matou Leda?”.
            Na trama Henri Marcoux(Jacques Dacqmine) e sua família: seu filho Richard
(André Jocelyn) é um voyeur  introspectivo sua filha Elisabeth(Jeanne Valérie) pressa há um noivo grosseiro e inconveniente Laszlo Kovacs(Jean-Paul Belmondo), sua mulher Thérèse Marcoux (Madeleine Robinson) já não é tão bonita quando era mais jovem, além dessa estar em crise justamente por estar sendo traído por seu marido, a amante e a vizinha Leda(Antonella Lualdi) que foi apresento a família justamente pelo Laszlo.
             Aqui não posso deixar de comentar a atuação de comentar a atuação de Jean-paul Belmondo, todo elenco é incrível em parte porque a direção de atores é ótima, mas Belmondo, se destaca, compondo um personagem irônico e divertido, que nunca deixa de ser sincero, muito do ele fala é inconveniente mas é tudo verdade.
É ao focar nessa família burguesias Chabrol faz esse filme mais uma crítica ácida sobre a burguesia do que um suspense na linha whodunit, tanto que somos apresentados a Leda apenas depois de meia hora de filme
Depois que conhecemos Leda, e o amor de Henri por essa, o filme tem um momento um mais melodramático, em que a bela fotografia que parece mais querer valorizar a natureza domina a tela como metáfora de amor e único momento que Chabrol parece fazer força além de ficar deslocado em relação ao restante do filme.
É quando o filme chega no suspense e que podemos ver que Chabrol é um dos maiores discípulos de Hitchcock. O flashback na casa de leda, filmado em planos mais longos justificam o filme.



           

terça-feira, 19 de julho de 2011

Crash:O original é uma Obra Prima


Crash
(idem) Inglaterra, Canadá/ 1996
Direção: David Cronenberg
Elenco: James Spader, Holly Hunter, Elias Koteas, Deborah Kara Unger,
Rosanna Arquette
Nota=*****

            Na primeira cena de Crash vemos uma loira gelada que remete as femme fatale atravessa um galpão cheio de aviões retira seu peito dentro da blusa e encosta em um dos aviões enquanto faz sexo, a cena é bizarra mas mostra o que vem pela frente.
            Na trama desse filme de 1996,que nada tem haver com o ganhador do oscar homônimo de 2004, James Spader é James Ballard, um produtor de cinema que sofre um acidente de carro que leva ele a conhecer a Dra.Helen Remington (Holly Hunter) e posteriormente Vaughan(Elias Koteas) , um homem estranho fascinado por acidentes automobilísticos.
            Vaughan em certo momento diz que esta desenvolvendo uma teoria sobre as mudanças que novas tecnologias sobre o homem, na verdade essa é um teoria do próprio Cronenberg que percorre toda sua obra e aqui se manifesta em um estudo do homem com o carro.
             Ao filmar o trafego Cronenberg usa sempre tomadas aéreas, o movimento dos carros na rua e filmado quase como um processo natural do organismo humano, as mudanças que os automóveis causam  no homem , não só apenas as mudanças físicas que ocorrem por consequências do acidentes, note que nas cenas de sexo os personagens só conseguem alcançar o orgasmo quando estão dentro de um carro os veículos são literalmente extensão do homem.
Mas o mais fascinante e notar como o diretor mostra a conecção do homem com a maquina através do tato: na já citada  primeira cena do filme, na única cena do filme em que a Dra. Helen tira sua luva e para tocar um carro e James Spader também tem seu momento sensorial com a maquina, e interessante que sempre que uma pessoa  toca o carro ela não parece estar em contato com um metal frio, ou será que o próprio homem se tornou frio como metal dos carros que fabrica?
Crash é uma Obra Prima que pode afastar quem não tiver mente aberta para um cinema transgressor, mas quem embarcar no filme vai ficar maravilhoso com esse mundo fascinante e bizarro.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Novo Mundo

Novo Mundo
(Nuovo mondo) Itália,França /2006
Direção: Emanuele Crialese
Elenco: Charlotte Gainsbourg, Federica De Cola, Vincenzo Amato, Francesco Casisa, Ernesto Mahieux, Andrea Prodan, Filippo Pucillo, Aurora Quattrocchi, Vincent Schiavell
Nota=****
            Incrível como certos temas como mais batidos que parecem sempre podem reder filmes divertidos e criativos graças ao fôlego de seus realizadores como é o caso de Novo Mundo.
            O diretor e roteirista Emanuele Crialese , do filme “Respiro”, pega um tema batido como a imigração para os Estados Unidos no início do século 20, aqui sobre o ponto de vista de um família italiana maravilhada com as promessas de um novo mundo repleto de hortaliças gigantes, arvores de dinheiro e rios de leite; o roteiro nunca sucumbe ao obvio, e personagens como a inglesa misteriosa fogem do estereotipo.
            O trabalho de direção é excepcional em diferentes momentos, principalmente quando a historia se passa dentro da embarcação que vai ao novo mundo a musica também é ótima com destaque para o ótimo uso  de “Feeling Good”.
            Ainda assim não devemos esquecer que a entrada no novo mundo envolve um processo burocrático absurdo, quase kafkaniano, em que apenas pessoas perfeitas são dignas de conhecer essa terra nova, desse modo Novo Mundo ainda é um comentário sobre a imigração para os Estados Unidos nos tempos atuais.

terça-feira, 12 de julho de 2011

James Elroy no Jô


Ontem vi entrevista do escritor norte-americano James Ellroy no Jô, e naturalmente a entrevista chegou ao cinema, Jô comentou que gosta da adaptação de L.A. Confidetial, e o escritor disse que deu sorte nessa, então Jô comentou que já Dália Negra...
E James Elroy ainda completou: “ tem filmes que você tem que ver, como L.A., outro que você tem que fugir como Dália”. Tanto  o autor como Jô tem o direito de não gostar da adaptação feita pelo DePalma, mas quero justamente defender o filme, muita gente reclama de seu roteiro confuso isso porque não viram os noir da década de 40, fato, para mim pelo menos, é que esse é um grande filme policial moderno, assista Dália Negra e tire suas próprias conclusões.        

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Poderosa Afrodite: Woody Allen brinca com a cultura grega

 Poderosa Afrodite
(Mighty Afrodite) EUA/ 1995
Direção:Woody Allen
Elenco: David Ogden Stiers, F. Murray Abraham, Paul Giamatti, Woody Allen, Mira Sorvino, Michael Rapaport, Olympia Dukakis, Helena Bonham Carter, Jack Warden, Peter Weller
Nota=***
 “A Vida é irônica, não?”. Essa Ironia que os obcecados por ordem não conseguem apreciar, pois quando poderosa Afrodite chega ao final e constatamos o que faz essa vida irônica sabemos que ela só existe em um mundo onde o fantástico e o real se misturam.
A trama começa com o casal Lenny (Woody Allen) e Amanda Weinrib (Helena Bonham Carter) discutem sobre a adoção de um filho, a trama salta oito anos e com o filho adotado  já crescido e se mostrando um garoto inteligente e promissor Lenny resolve descobri quem são os pais do garoto, afinal uma criança dessas deve ter pais incríveis, logo  não só descobre que a mãe biológica do garoto é uma prostituta como também se apaixona por ela.
E Woody Allen não perder por usar sua criatividade, nesse filme o anfiteatro e a tragédia grega tem um espaço especial que rendem momentos incríveis como a cena em que Zeus é invocado são ótimos; há também um uso incrível da música, Woody Allen sempre mostrou cuidado com a trilha de seus filmes mas aqui ele esta inspiradíssimo.
A mitologia grega, deve-se dizer não é uma mera escada para as gracinhas do diretor, pois existem algumas referências muito sutis e inteligentes, por que Lenny se apaixonaria por uma prostituta? Porque o amor representado pela deusa Afrodite age de forma estranha quase como se a ironia do destino se limitasse a ser sua diversão.
E nesses momentos onde ao invés de optar pelo realismo Allen borra as fronteiras entre o real e o imaginário e que Poderosa Afrodite se torna um filme delicioso. Na medida em que o filme avança Allen pinta com  ironia o destino em seu filme, aqueles que são obcecados pela ordem, como dito no inicio, vão acusar o filme de inverossímil, mas é justamente por colocar magia na realidade que o filme chama atenção

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Cegueira e a Ditadura do Consumidor

Ensaio sobre a Cegueira
(Blindness) Brasil, Japão, Canadá / 2008 
Direção: Fernando Meirelles
Elenco: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover, Gael García Bernal, Sandra Oh, Don McKellar, Maury Chaykin, Yusuke Yseya,
Nota=**


José Saramago, único escritor em língua portuguesa ganhador do Prêmio Nobel entre outros louros sempre foi contra a adaptação de sua obra para o cinema, em especial se sua obra fosse adaptada em um filme hollywoodiano, portanto houve certo choque quando foi anunciada a adaptação de Ensaio sobre a Cegueira  pelo diretor Fernando Meirelles; certo é que havia interesse de Saramago em ver sua obra na visão de outro autor, e realmente e impressionante ver como o diretor usa as imagens para traduzir a cegueira que na trama não é só metafórica, mas uma cegueira física que sem razão aparente ataca toda a humanidade.
A fotografia nas cenas mais escuras beirão o preto total e nas cenas mais luminosas a intensidade da luz e aumentada nós impedindo de ver praticamente tudo em cena, justamente a luz se relaciona com a cegueira que é completamente branca, “como se alguém tivesse acendido todas as luzes ao mesmos tempo”, e se luz representa o conhecimento que destrói as trevas da ignorância quando todas as luzes se acedem elas simplesmente se anulam.
A cegueira que interessa a Meirelles e a do individuo sobre seu próximo, tanto quanto no livro como no filme não existe Maria, Jose ou Lucas, mas o empresário, a prostituta, o ladrão. Há quem diga que essa visão da pessoa não como um individuo, mas como um objeto de seu trabalho e apenas um comentário sobre o tratamento do governo a população, e não deixa de ser, mas são as pessoas que se apresenta  a os outros pela sua profissão e não pelo nome, como se a individualidade de cada um não fosse importante para quem estiver ao seu lado.
Na adaptação de obra de uma mídia para outra, no caso da literatura para cinema é esperado que se faça mudanças no texto, mas o que mudar sem que o espírito do livro (ou da peça, da HQ, da serie) se perca? No filme assim como no livro a escatologia quase choque, mas somente no livro isso não ocorre de maneira gratuita, Saramago não vê monstros mas seres humanos em extremos no livro o leitor sente esses extremos no filme não.
Antes de ser lançado o filme passou em varias sessões teste para o público nos Estados Unidos onde o publico desaprovou o filme, uma das reclamações era a violência excessiva, tudo bem, pois muita violência cairia no gratuito, outra e de que o filme era muito “difícil” para o publico, mudanças foram feitas, logo mais  para o final foram inseridas narrações em off que simplesmente repetem o que Meirelles já tinha afirmado com imagens, além disso tudo foi suavizado tirando a força das mensagens de Saramago.
Quanto do autor, tanto Saramago como o Meirelles, sobra de um filme desses? Quando cai na mão do estúdio, esse faz de tudo para agradar um público pouco exigente da forma mais ampla possível inserindo respostas fáceis de serem assimiladas e totalmente mastigadas que não trazem nada de novo; momentos chaves, como o do cão feroz que lambem as lagrimas da mulher do medico e aqui é substituído por um vira-lata fofinho, são modificados para deixar o público mais confortável.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Filmes do mês de junho


Ainda estou devendo algum texto sobre os filmes vistos nesse mês:

Sonhos Eróticos de uma noite de verão, de Woody Allen,de 1982[***]
A Era do Rádio, de  Woody Allen, de 1987[****]
Rio, de Carlos Saldanha, de 2011 [**]
Encouraçado Potemkin, de  Sergei Eisenstein,de 1925 [*****]
O Vencedor, de David O. Russell, de 2010 [****]
Montanha Cega, de Yang Li, de 2007 [****]
Simplesmente Alice, de Woody Allen, de 1990 [***]
Último Imperador, de Bernardo Bertolucci, de 1987 [***]
Tiros Na Brodway,de Woody Allen,de 1994 [***]
A Última noite, de Robert Altman, de 2006 [*****]
Vampiros que se mordam, de Jason Friedberg e Aaron Seltzer, de 2010 [●]
Baraka, de Ron Fricke, de 1992 [****]
Prisioneiro da Grade de Ferro, de Paulo Sacramento, de 2003 [*****]
Bravura Indômita, de Joel e Ethan Coen, de 2010 [*****]
Ensaio sobre a Cegueira, de Fernando Meirlles, de 2008 [**]
Passe Livre, de Peter e Bobby Farrelly, de 2011 [****]
X-Men: Primeira Classe, de Mathew Vaughn, de 2011 [****]
Poderosa Afrodite, de Woody Allen, de 1995 [***]
Vampiros de Almas, de Don Siegel, de 1956 [*****]

Passe Livre


Passe Livre
(Hall Pass) EUA/2011
Direção: Peter Farrelly, Bobby Farrelly
Elenco: Owen Wilson, Alyssa Milano, Jenna Fischer, Christina Applegate, Jason Sudeikis, Richard Jenkins, Vanessa Angel, Stephen Merchant, Alexandra Daddario, Lauren Bowles, Nicky Whelan, Larry Joe Campbell, Zen Gesner, J.B. Smoove
Nota=****

Os Irmãos Farrely foram responsáveis por algumas grandes comédias dos anos 90: “Debí & Lóide”, “Estes Loucos Reis do Boliche” e “Quem vai ficar com Mary” são excepcionais, em parte por seu humor escatológico, beirando o grosseiro, que é uma provocação direta ao politicamente correto.
Então com a chegada dos anos 2000 o arquiinimigo da dupla, justamente o politicamente correto, passou a imperar a comédia estadunidense não é surpresa que os irmão se viram obrigados a se afastar de sua especialidade, apesar de belos esforços como “Ligado em Você” e “Eu, Eu Mesmo e Irene” parecia tudo perdido, até o humor escachado voltar a evidencia com “Se Beber, Não Case”.
E comparar esse “Passe Livre” com o filme de Todd Phillips não é nenhum exagero; pois além do politicamente incorreto existe uma construção de personagens que presos a uma vida entediante procuram a libertação. No filme de Phillips a libertação vem de uma noite de bebedeira em Las Vegas, no dos Farrely vem do passe livre que vale um semana de folga no casamento, em que flerte com outras mulheres  são permitido, que é  concedido para  Rick e Fred (Owen Wilson e Jason Sudeikis) por suas esposas casadas de seu comportamento infatil.
Os irmão ainda exerce nesse filme outa de sua especialidade: o humor do constragimento, se a cena de um personagem ser flagrado se masturdano já é constragedora os Farrely elevam ela a enezima potencia, e interesante perceber como o filme à medida que avança fica gradativamente nais escatologicos, pois muito mais que agrdar seus fãs a dupla parece que procura chocar seus detratores cada vez mais.
Notável também que essa comédia tem parentesco com o humor de Judd Apatow, a construção de personagens que são adultos infantilizados deve muito a esse diretor, não é por nada que as esposas dos protagonistas começam o filme vestidas quase que completamente de preto para terminarem com roupas mais soltas e coloridas, uma notável metáfora a renovação, mas também uma metáfora a retomada da felicidade que havia  no inicio,tanto do casamento quando da carreira dos irmão,  e nesse Passe Livre os dois fatores,a renovação e a retomada, estam incrivelmente bem balanceados.