quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Terror Italiano


O que faz de um filme de terror um obra-prima? os sustos, os gritos, o sangue?


Filmes como Terror nas Trevas e Prelúdio para Matar certamente contam com esse elementos, mas não é só, filmes manipuladores, o primeiro é um pesadelo onírico repleto de gore, um filme  maldito que exala um medo contagioso; Prelúdio não fica muito longe disso, com sua câmera subjetiva unica no cinema, filme de mestres com Fulci e Argento são feitos para serem vistos e revistos.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sci-fi de Duncan Jones sofre com maneirismos



Depois do ótimo Lunar (2009) Duncan Jones vem com mais um sci-fi, Trata-se de Contra o Tempo(Source Code), na trama temos um capitão da aeronáutica americana (Jake Gyllenhaal) que faz parte de um programa experimental do governo para investigar um atentado terrorista. Ele desperta no corpo de um desconhecido, onde é forçado a viver e reviver uma angustiante explosão de trem até que consiga encontrar o terrorista responsável pelo atentado em um tempo de 8 minutos.

Com essa trama que parece sair do mais underground livros de Sci-fi Duncan Jones e o roteirista Ben Ripley, consegue fazer algo muito interessante, o militar de Gyllenhaal tem poucas informações sobre sua missão, e negligenciado pela militar que o coordena e em especial pelo cientista responsável pelo programa, o fato de ter sido piloto no Afeganistão nós faz pensar em como os soldados americanos foram tratados por seu governo em suas batalhas mais recentes, criticar o governo dos EUA e a sua forma de tratar os seus soldados meramente como peças em um jogo não é novidade no cinema recente, em Contra o Tempo ela ganha o diferencial de não vir de uma forma óbvia, e isso representa o melhor do filme.

Duncan Jones é um excepcional diretor de atores, Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga estão ótimos, mas também é um diretor que se sai mal ao aplicar a trilha sonora, tentado ressaltar os sentimentos que o filme deve passar, o diretor exagera no uso da musica, em especial nos momentos melosos é a trilha justamente melosa de  Chris Bacon não ajuda em nada.

A medida que a trama anda o roteiro foge de seu fatores interessante e vai atrás dos maneirismos do bom cinema contemporâneo , o roteiro é estruturado basicamente na repetição dos oitos minutos ates da explosão, e assim como em Corra, Lola, Corra(1998) as repetições sofre mudanças dependo de pequenos fatores, até ai tudo bem, até Ripley resolver que esse é um filme redondo, é faz um filme que apenas balofo, o filme deixa pontas soltas para simplesmente tentar amarrá-las em um final reviravolta/aberto.

Não dá para revelar muito aqui, mas o que importa é que enquanto o filme se sai melhor ao ignorar os buracos da trama (as memórias se criam sozinhas, e se as pessoas estão mortas como suas memórias são recriadas com perfeição, por que o capitão é o único em que Source Code funciona), mas ao chegar ao final temos a famigerada reviravolta, o Deus ex machine nesse caso se assemelha ao de A Origem (2010), pois deixa o final em aberto, mas é difícil não pensar que esse recurso foi inserido apenas para ludibriar quem vee o filme, é artificial e parece ter sido inserido no último minuto não para responder perguntas mais para mascara-lás, como 9 entre 10 filmes o final também serve de gancho para uma continuação.

Contra o Tempo traz referências a La Jetée(1962), o maior deles é a cena congelada, faz sem trazer a força, ou a coerência, do homenageado, o filme terá seu fãs no calor do momento, vai ser defendido por ser “inteligente”, mas aqui o que consigo ver é um retrocesso do ainda promissor Duncan Jones.

Cotação=**

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Filmes do Mês- Outubro

Pierrot, Le Fou(1965) [*****]
Abraço Partido (2004) [***]
Olhos de Serpente (1998) [****]
Lanterna Verde(2001) [*]
Tranformes: O Lado Oculto da Lua(2011) [●]
Super 8(2011) [***]
Machete(2010) [***]
Capitão America(2011) [***]
O Garoto de Bicicleta(2011) [****]
Meia Noite em Paris(2011)[****]
Contágio(2011) [****]
Prelúdio para matar(1975)[*****]
Ajuste Final(1990) [*****]
Crime Delicado(2005) [****]
O Palhaço (2011) [****]
Swimming Pool- À Beira da Piscina (2003) [***]

Momento Twitter[2]

E que belo filme é O Palhaço

Momento Twitter

em revisão Ajuste Final se revelou melhor filme dos Coens

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Retorno


-Depois de um bom tempo sem post, volto ao blog que não deveria estar diferente já que os cinéfilos fora do eixo Rio-São Paulo que não migraram para acompanhar festivais e mostras ainda estão na seca cinematográfica, um bom  opção por enquanto  são os DVDs como o Mensageiro do Diabo laçando recentemente pela Versátil.
-Apesar da fase ruim  na próxima sexta(28) há pelo menos um muito bom filme entrando em cartaz, se trata de Contagio de Steven Soderbergh, nesse novo filme acompanhamos um processo de contagio mundial por um nova doença fatal, com em outros filmes do diretor a historia acompanha varias linha narrativas, a das pessoas comuns que tem de lidar com a doença, dos médicos, do governo da impressa, cada um desses interpretado por um astro ou estrela de Hollywood. Mas não no roteiro, que contem vários clichês desse subgênero do terror como a especulação sobre o tal vírus ser na verdade um arma química lança  por terroristas, e sim na direção esta o grande trunfo de Contagio. Soderbergh conhece bem exercícios de estilo, e sabe lidar com eles, faz questão de fixar a câmera em apertos de mão, copos, botões de elevadores, e outros situações  que podem representar o momento do contagio, como não podia deixar de ser logo o pânico infecta a população mais rápido que a doença fazendo desse um filme altamente atmosférico, utilizando um trilha eletrônica e recheando o filme de imagens de cidades devastadas e desertas, e de interiores de laboratórios e hospitais onde os personagens usam roupas de proteção que se assemelha a uniforme de astronautas, Contagio  nos lembra de alguma ficção científica B, apesar de um legitimo(e bom) filme A.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Olhos de serpente e o olhar do DePalma

Um dos autores mais interessante das últimas quatro décadas do cinema americano é Brian DePalma, e mesmo alguns dos seus filmes mais subestimados não podem deixar de ser vistos.

Esse é o caso de Olhos de Serpente(Snake Eyes,1998) na trama temos o  policial Rick Santoro, interpretado por um Nicolas Cage exagerado como é seu abitual, que vai assistir um luta de Box pelo cinturão da categoria peso-pesado, algumas outras informações passam pela tela vemos Rick falar com sua esposa e amante pelo celular; conhecemos seu melhor amigo,um comandante da marinha interpretado por Gary Sinise de um talento que não vemos na sérei CSI; vemos alguns indícios de que  Rick é corrupto; e nossa atenção é chamada por duas mulheres, um loira e outra ruiva.

Tudo parece  bem até a morte de um senador e a possibilidade de um conspiração entrarem na trama.

O roteiro de David Koepp se estrutura em flash-backs e pontos de vista subjetivos dos personagens, mas esse tipo de "truque" tão frequente no cinema desde filmes como "Cidadão kane"(1941) e "Rashomon"(1950) pode trazer algum frecor?

Bem, o frescor vem da direção do mestre DePalma, desde do inicio do filme é notorio a preferencia do diretor por plano sequencias longos, logo quando a trama começa a se desenvolver a câmera objetiva se mistura a subjetiva, como na cena em que o boxeador narra o acontecimento que filmado em parte usando a visão dele e em outra parte com o mesmo participando.

Com essa alternância de subjetivo e objetivo Depalma não se interessa em enganar o espectador com trapaças espertinhas ou confundir, o que poderia o correr caso o filme estivesse nas mãos de um diretor menos experiente ou mais metido, mas o verdadeiro interesse esta em questionar a realidade da câmera seja essa objetiva e subjetiva.

Ao longo da historia a câmera sempre foi o olho da verdade, Depalma quer reverter esse historia, quando um personagem conta algo ele pode estar simplesmente  mentindo, mas quando isso é mostrado continua ser um mentira?

Essa questão de perceptivas de olhares  esta presente em todo o filme seja na gravações da câmeras de segurança seja no gigante olho do balão que também se revela um câmera, tudo traz um novo ponto de vista.

Quem já é familiarizado com o cinema do diretor vai ver que ele repete algumas soluções visuais de sua preferência com a divisão da tela em duas, mas nem por isso esse filme deixa de ser de um vigor incrível.
Cotação[****]

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Demônio de Godard

"Cinema é um campo de batalha"
A primeira vez que vi Pierrot le Fou, filme Jean-Luc Godard de 1965que no Brasil recebeu o titulo um tanto estranho de "Demônio das Onze Horas", um coisa não saia da minha cabeça: como a Anna Karina é bonita!

Pode parecer desimportante, mas é justamente esse fator que importa nos filmes de Godard, Pierrot é um poesia em forma de filme, sua beleza vem da imagem das cores, do contrate de azul e vermelho, do movimento, do rosto de Karina.

Pierrot também é um filme de liberdade, um elogio a liberdade, a iberdade de contar um estoria de um forma não convencional, ou mesmo um liberdade de sentir, tanto que no começo do filme Samuel Fuller surge na festa mais chata do mundo pra dizer que "cinema é um campo de batalha,[...]é emoção".

Tentar racionalizar o filme seria desperdiça-ló. diminuir sentimento ao transformando em razão, Jean-Paul Belmondo questiona se somos feitos de sonhos ou os sonhos são feitos de nós, talvez os dois, afinal a resposta não é mais importante do que a estrada que leva até ela.

E que estrada é incrível é essa a do Pierrot, encontramos música, pintura, poesia, arte, cores, paixão, amor, dor, medo enfim...Cinema



Esse é apenas um corte, voltarei á Godard em breve

O Abraço Partido

O Abraço Partido
(El Abrazo Partido) Argentina, 2004
Direção: Daniel Burman
Elenco: Daniel Hendler, Adriana Aizenberg, Sergio Boris, Jorge D´Elía, Rosita Londner, Diego Korol, Silvina Bosco, Melina Petriella, Atilio Pozzobón
Cotação[***]






O cinema argentino mostrou muito nos últimos anos, e não é difícil saber porque, vendo filmes como o de Daniel Burman.


O diretor fez em seu Abraço Partido um filme confessional que por vezes beira a  autossátira, por causa de seu estilo foi comparado a Woody Allen e a Nanni Moretti, com tempo Burman mostrou que é um diretor que mereci ser seguido por causa de seus filmes por si só.


Mas nesse filme não deixa de incomodar os excessos de câmera tremida, erro tão comum em mais mais "documentais", mas nem por isso deixa de ser um belo belíssimo filme

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Filmes de setembro

Poucos filmes no último mês


O Poder e a Lei, Brad Furmana, de 2011 [****]
Espionagem na Rede, de Olivier Assayas, de 2002 [****]
O Espírito da Colméia, Victor Erice, de 1973 [*****]
Planeta Terror, Robert Rodriguez, de 2007 [***]
Jogo de Cena, Eduardo Coutinho,de  2006 [*****]
Desejo e Obsessão, de Claire Denis, de 2001 [*****]
Código 46, de Michael Minterbottom, de2003  [●]
Bang Bang, de Andréa Tonacci, de 1971 [****]
Atirem no Pianista, de François Truffaut, de 1960 [****]

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Primeiros destaques internacionais do festival do Rio: Por que ver?

Com os primeiros atrações internacionais anunciadas vem a dúvida:por que devo ver esse filme? Esse blogger tenta responder


A Pele que Habito, de Pedro Almodóvar [Porque um filme de terror do Almodóvar vale ao menos pela curiosidade de se ver um filme de terror dirigido pelo Almodóvar]

Inquietos, de Gus Van Sant [Porque pode ser um retorno do Van Sant a sua Triologia da morte]

Drive, de Nicolas Winding Refn [Porque existe um culto quase masturbatorio em torno desse filme e porque Carey Mulligan e uma dondoca jeitosinha]

Silvio Forever, de Roberto Faenza e Filippo Macelloni[Porque se trata de um biografia satírica de Berlusconi]

George Harrison: Living in the Material World, de Martin Scorsese[Porque a gente AMA o Geroge Harrison]
 
Tyrannosaur, de Paddy Considine[Porque tem nome de dinossauro, porque é britânico-que coisa coooooool- e porque ganhou um premio de originalidade ou qualquer outra coisa em Sundance]

Post-mortem, de Pablo Larrain[Porque ganhou um premio em um festival de cinema latino americano em Los Angeles, porque tem um dançarina burlesca na historia isso não pode ser de todo mal, ao menos que a Cher esteja no filme]

A Separação, de Asghar Farhadi[Porque esse tem “qualidades” de mais, ganhou vários prêmios chiques em festivais além de ser iraniano]

Sarah Palin - You Betcha!, de Nick Broomfield e Joan Churchill[ Porque Sarah Palin é mesmo um grande Betcha]

This Must Be the Place, de Paolo Sorrentino[ Porque ver o Sean Penn vestido de metaleiro farofa vale a pena]

Terraferma, de Emanuele Crialese[Porque o Crialese é no mínimo um diretor interressante]

Dark Horse, de Todd Solondz[Porque você não vai fazer mais nada mesmo, então porque não ver?]


I'm Carolyn Parker: The Good, the Mad and the Beautiful, de Jonathan Demme[Porque o Jonathan “Silêncio dos Inocentes” Demme é um direto muito substimado]

Sacrifice, de Chen Kaige[Porque o Kaige Chen ficou meio sumido depois da concubina e pode ser legal matar a saudade]

Le Havre, de Aki Kaurismaki[Porque do Kaurismaki se espera um bom filme]

4:44 Last Day on Earth, de Abel Ferrara[ Porque Ferrara! Ferrara!! Ferrara!!!]

Testimony, de Shlomy Elkabetz[Porque é de Israel]

Miss Bala, de Gerardo Naranjo[Porque assim você pode chegar no seus amigos e contar que viu um filme chamado Miss Bala]

Bonsai, de Cristián Jiménez [Porque não ver?]

A Tiro de Piedra, de Sebastián Hiriart[Porque Sim!]

Homme au Bain, de Christophe Honoré[Porque é um filme pornô gay do Honoré]

Les Bien-Aimés, de Christophe Honoré[ Porque não é um Filme pornô gay do Honoré]
Becoming Chaz, de Randy Barbato e Fenton Bailey[Porque se alguém dedicou seu tempo a fazer um documentário sobre Chaz Bono o mínimo que você pode fazer é assistir]

Paul, de Greg Mottola[Porque vai ser a sessão pop mais comentada do festival e porque o filme deve ser bom mesmo]

Red State, de Kevin Smith [Porque os últimos filmes do Kevin Smith são tão ruins que esse não tem como ser pior]

L.A. Zombie, de Bruce LaBruce [Poruqe tem zumbis em Los Angeles]

Ray Charles America, de Alexis Manya Spraic[Porque é um documentário musical]

Search and Destroy: Iggy & The Stooges' Raw Power, de Morgan Neville[Porque é outro documentário musical]

Pergunta que não quer calar: cadê Cronenberg?

Todos os representantes brasileiros no oscar

Muito interessante esse post no Filmes do Chico

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Começa a corrida do Oscar e outra anedotas


-Se você viu o post abaixo já sabe quais sabe  os pré-escolidos para ser o representante do Brasil no Oscar do próximo ano, a escolha será feita no próximo dia 20-

-Estamos carentes de bons concorrentes, não que todos os indicatos sejam filmes ruins mas nenhum tem um o perfil de Oscar de filme estrageiro, e um bom filme sem esse perfil tem sempre menos chances que um filme ruim que o tem,-

-Será que o ministério da cultura terá a cara-de-pau de indicar o Tropa 2 , só para compensar o barulho feito pela não escolha do primeiro filme do bope-

-Trabalhar Cansa seria a indicação mais certa ao meu ver-

-Não gosto quando um filme brasileiro ganha uma indicação ao Oscar, ou melhor não gosto do papel que a mídia se presta quando isso acontece, a todo segundo somos obrigados a ver através de nossas TVs fulanos e ciclanos dizendo que temos de ser patrióticos e torce pelo nosso cinema, que hoje, imdepente da época , o cinema brasileiro evolui muito,  independe do filme ser um Olga ou até coisa pior-

-Muitos filmes brasileiros que espero com esperança estam fora da lista dos pré-selecionados,talvez porque nem foram inscritos para um vaga  entre eles O Abismo Prateado(Karim Aïnouz); Eu Receberia as Piores Notícias de seus Lindos Lábios(Beto Brant e Renato Ciasca); Canções (Eduardo Coutinho)-

-Sim, todos os filmes citados serão exibidos no festival do Rio-

-E a Hugria selecionou um filme do Bela Tarr para representar o país, jogando pesado-

-Bela Tarr que ganhou um mostra junto com a Claire Denis no festival de cinema Indei em Belo Horizonte-

-No filmes do Chico já tem um lista das primeiras apostas para o Oscar

terça-feira, 13 de setembro de 2011

15 filmes inscritos para representar o Brasil no Oscar

- “A antropóloga”, de Zeca Nunes Pires
- "As mães de Chico Xavier", de Glauber Filho e Halder Gomes
- "Assalto ao Banco Central", de Marcos Paulo
- "Bruna Surfistinha", de Marcus Baldini
- "Estamos juntos", de Toni Venturi
- "Família Vende Tudo", de Alain Fresnot
- "Federal", de Erik de Castro
- "VIPs", de Toniko Melo
- "Histórias reais de um mentiroso - VIPS" (documentário), de Mariana Caltabiano
- "Lope", de Andrucha Waddington
- "Malu de Bicicleta", de Flávio Ramos Tambellini
- “Mulatas! Um tufão nos quadris”, de Walmor Pamplona
- “Quebrando o tabu”, de Fernando Grostein Andrade
- "Trabalhar cansa", de Juliana Rojas e Marco Dutra
- "Tropa de elite 2", de José Padilha

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Espírito da Colméia

O Espírito da Colméia
(El Espíritu de la Colmena ) Espanha, 1973
Direção: Víctor Erice
Elenco: Fernando Fernán Gómez, Ana Torrent, Miguel Picazo, Teresa Gimpera, Isabel Tellería, Ketty de la Cámara, Estanis González, José Villasante, Juan Francisco Margallo, , José Villasante, Juan Francisco Margallo.
Cotação[*****]
 O Espírito da Colméia é um filme político como fica claro no inicio quando vemos um mulher escrever um carta “não que tenha nostalgia, o que há para sentir nostalgia desse tempo”, o tempo era a Espanha do ditador Francisco Franco.

Também é um grande filme sobre a infância como Felipe Furtado já comentou em sua lista dos melhore filmes dos anos 70, antes dessa carta é mostrado um grupo de crianças assistindo ao Frankenstein de James Whale.

Também é um filme enigmático sobre espíritos, sejam esses políticos ou místicos.

Essa colméia possibilita inúmeras leituras, mas é justamente por ser sensorial e quase que desprovido de diálogos que o filme impressiona, com apenas duas meninas de  olhar curioso Erice faz um filme comovente.

Alias, que grande diretor foi esse, O Espírito da Colméia, não é um filme de suspense, ou melhor dizendo não é que se limita ao suspense, mas existe um cena em que um apenas usando um vaso de flores quebrado, uma luva de jardineiro e um garotinha deitada no chão e aparentemente inconsciente, ou que sabe até coisa pior, Erice cria um cria de angustia único.

Planeta Terror diverte, mas não vai muito longe.


Planeta Terror 
(Grind House - Planet Terror) EUA , 2007
Direção: Robert Rodriguez
Elenco: Marley Shelton, Rose McGowan, Freddy Rodriguez, Naveen Andrews, Tom Savini, Michael Parks, Josh Brolin, Carlos Gallardo, Bruce Willis, Quentin Tarantino, Stacy Ferguson
Cotação[***]

Na metade do projeto Grindhouse filmada por Robert Rodriguez acompanhamos um grupo de sobreviventes a um ataque de zumbis mutantes a uma cidadezinha do interior do Texas, claro que como se trata de uma homenagem aos filmes trash setentistas esse é filme cheio de explosões, tinta vermelha e auto-indugência.

Como era comum no filme exibidos em sessões duplas em cinemas decadentes alguns rolos serem perdidos deixando buracos nos filmes, Rodriguez não pensa duas vezes antes de enfiar um “rolo perdido” em seu filme justamente quando um dos personagens centrais vai revelar um segredo de seu passado.

Mas essa não é a única piada que Rodriguez deixa escapar, vemos um atirador fugir em moto elétrica para crianças de sete anos, o que dizer da já famosa moça com perna de metralhadora?

O filme faz rir muito, mas é esquecível; os zumbis radiativos não assustam, mas por outro lado o Josh Brolin assusta, sua personagem e sua atuação são a melhor do filme, Planeta terror não é um grande filme mas não é um filme ruim.

O que mais incomoda são os excessos, ver zumbis sendo fuzilados enquanto o falso sangue voa na tela, mesmo por curtos 97 minutos, cansa.  

Scarface em Blu-Ray

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Filmes de Agosto

O Refugio, de François Ozon, de 2007[****]
Água Fria, de Oliver Assayas, de 1994 [****]
O Discreto Charme da Burguesia, de Luis Buñuel, de 1972[*****]
Gamer, de Mark Neveldine/ Brian Taylor, de 2009[****]
Sem Limites, de Neil Burger, de 2011 [**]
Um Instante de Inocência, de Mohsen Makhmalbaf, de 1996[****]
Singularidades de um rapariga loura, de Manoel de Oliveira, de 2009[****]
Reencontrando a Felicidade, de  John Cameron Mitchell[****]
Medos privados em lugares públicos, de Alain Resnais, de 2006 [*****]
Harry Potter e as reliquias da morte parte 2, de David Yates, 2001[***]
Hop, de Tim Hill, de 2011[**]
Terra dos mortos, de George A. Romero, de 2005[*****]
Brown bunny, de Vincent Galllo, de 2003[****]
Cidadão Kane, de Orson Welles, de 1941[*****]
Síndromes e um Século, de Apichatpong Weerasethakul, de 2006[*****]
Namorados para sempre, de Derek Cianfrance[****]
Dama de Shagai,de Orson Welles, de 1947[****]
Agentes do destino, de George Nolfi, de 2011[**]
Bela Junie, de Christophe Honoré, de 2008[****]
Paixões que alucinam , de  Samuel Fuller, de 1963[*****]

domingo, 28 de agosto de 2011

Top 10 Woody Allen

1Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
2 Zelig
3 Interiores
4 Hannah e Suas Irmãs
5 A Rosa Púrpura do Cairo
6 Manhattan
7 Desconstruindo Harry
8 Match Point
9 A Era do Rádio
10 Bananas

_Até o 8º são todos 5 estrelas
_não vi Crimes e Pecados, Memórias, Maridos e Esposas e Todos dizem eu te amo
_data de validade da lista: 15 Dias

Aronofsky em estrelas

Bem, depois de deixar o blog para as moscas volto a postar aqui, para dar mais animo e renovar o blog inicio listas de diretores em estrelinhas, nenhum lista é definitiva é algumas tem pouco prazo de validade, tenho em especial um problema com diretores de carreira muito longa, mais ai vai minha lista do Darren Aronofsky, um dos diretores que mais dividem opiniões entre critica e também entre o publico, sem mais:

Pi [***]
Réquiem para um sonho [****]
Fonte da Vida [**]
O Lutador [*****]
Cisne Negro [***]

Validade da lista: 30 Dias

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Síndromes e um Século




Não sei se alguém ainda desconhece o cinema do Apichatpong Weerasthakul(acho que se escreve assim mesmo) mas recentemente vi Síndromes e um Século e só posso dizer que é um filme obrigatório  


Notas sobre o último Harry Porter


È incrível como mesmo semanas das estréia do filme as salas de cinema lotam com fans ensandecidos   pelo bruxinho, gritam e aplaudem o filme.
Se eu acho isso ruim? Pelo contrario, adoro acho que essa interatividade com a tela mágico, já cheguei a ir um sessão onde havia pessoas gritando e conversando com  o único  intuito de atrapalhar os outros, mas os fãs que alucinam na sala de cinema são diferente pois abem respeitar os momentos de silencio e afinal querem ver o filme.
Mas sem mais fanatismo, esse último HP me parece um filme capaz de se sustentar sozinho, até por que é só metade de um filme e justamente a metade que concentra apenas ação, ainda que seja um bom filme pois conta com um direção competente, me deixou meio decepcionado
Mas não deixa de ser um filme que esta na media de qualidade da saga no cinema.



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Crônica de Cinema: Se você elogia primeiro os efeitos especiais têm algo errado com o filme.

Depois de um bom tempo sem postar volto com uma seção que intitulo Crônica de Cinema, se ira vingar só o tempo dirá, bem para começo de conversa eu estava na fila do cinema quando ouvi uma garota contando para seu acompanhante, “ baixei o novo planeta dos macacos o filme vai demorar para estrear no cinema mas vale a pena ver os efeitos especiais são incríveis”, e assim foi o garoto insistia que não veria o filme dos macacos pois não viu o filme original e a garota insistia que deveriam ver pois “os efeitos especiais eram de cair o queixo”.
Depois de dez minutos de elogios desgarrados aos efeitos entramos no cinema e por um milagre a garota sem calou, mas durante esse tempo lembrei de uma frase de um antigo critico de que se a primeira coisa que você elogia no filme é a fotografia tem alguma coisa errada com esse filme, acho que hoje isso se aplica perfeitamente aos efeitos de pirotecnia de certo filmes afinal esse parece ser o principal atrair o público para os cinemas.
Pode ser conformismo meu ainda é bom que os efeitos sejam a primeira coisa a ser elogiado, pois logo após outros elementos vão ser elogiados também, mas parece que de um tempo para cá os efeitos são o único fator importante para a um filme ser considerado bom ou não, se um pessoa é capaz de gostar de um filme só pelo suas explosões e monstros de CGI acho que não há nada de errado com o filme, mas tem algo muito errado com a pessoa.
E o fator humano..., bem acho que o computador venceu o homem como Otto Preminger previu em 1979 e se os elogias da garota na fila de cinema serviram para alguma coisa foi para baixar minhas expectativas,já não muito altas, em relação ao filme dos primatas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Filmes de Julho

Ainda não postei os filmes de julho, e  já peço desculpa pelo atraso.
Posteriormente vou voltar para comentar os filmes de julho que não escrevi um texto.

Novo Mundo, de Emanuele Crialese, de 2006[****]
Crash, de David Cronenberg, de 1996 [*****]
Quem matou Leda?, de  Claude Chabrol , de 1960[****]
Hiroshima, Meu Amor, de Alain Resnais, de 1959 [*****]
Para Sempre Lilya, de Lukas Moodysson, de 2003 [*]
The Addiction, de Abel Ferrara, de 1995 [*****]
Snatch, de Guy Ritchie, de 2000[****]
Meu ódio será tua herança, de Sam Peckinpah, de 1969[*****]
Superbad, de Greg Mottola, de 2007 [****]
Nascido em 4 de Julho, de Oliver Stone, de 1989[***]
2046, de Wong Kar-Wai, de 2004[*****]
Homem de ferro 2, de Jon Favreu, de 2010[***]
Por um Punhado de Dólares, de Sergio Leone, de 1964[****]
Palermo Shooting, de Wim Wenders, de 2008[***]
Trapaceiros, de Woody Allen, de 2000[***]
Discurso do Rei, de Tom Hooper, de 2010[***]
Percy Jackson e o Ladrão de Raios, Chris Columbus[**]
O Silencio de Lorna, de Jean-Pierre e Luc Dardenne[****]
Carros, de John Lasseter, de 2006[****]
O Paizão, de Dennis Dugan, de 1999[**]
Destino Insólito, de Guy Ritchie, de 2002[**]
Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen, de 1985[*****]
30 Dias de Noite, David Slade, de 2007[**]

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Meu Ódio Será Tua Herança

Meu Ódio Será Tua Herança
(The Wild Bunch) EUA /1969
Direção: Sam Peckinpah
Elenco: William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan , Edmond O'Brien, Warren Oates, Jaime Sánchez, Ben Johnson, Emilio Fernández
Nota=*****

Em “Meu Ódio Será Sua Herança” Sam Peckinpah usa uma série de procedimentos que resultam numa violência gráfica em forma vigorosa,  esse é um faroeste de um fase tardia. "O tempo das armas está acabando", diz Pike (William Holden), líder do bando que pretende fazer o último serviço antes de cada um seguir seu rumo. O fim do Velho Oeste, contudo, revela-se um momento cruento e caótico como nunca: armamentos pesados foram introduzidos; existem ainda  conflitos políticos da magnitude da revolução social mexicana liderada por figuras populares como Emiliano Zapata; os foras da lei são obrigados a  cumprir missões cada vez mais arriscadas para sobreviver, fica claro que é hora de parar, mas o destino impõe uma última e missão para o bando que, como na cena do assalto ao trem, uma das melhores que o cinema de faroeste já fez graças a maravilhosa fotografia e desenvolvimento da ação.
Peckinpah busca sempre uma animalidade e um sadismo que parecem compor a estrutura íntima do homem, e que esta presente no filme desde de seus primeiuros momentos como na cena dos escorpião, e no western, gênero marcado por uma espécie de barbarismo pré-civilização, ele encontrou um terreno fecundo, a missão derradeira em Meu Ódio Será Sua Herança consiste em roubar um carregamento de armas e entregá-lo ao General Mapache, que combate os villinistas e recebe ajuda das nações imperialistas interessadas em fazer México voltar ao arcaico.
O cinema de Peckinpah é basicamente construído através do ponto de vista de personagens com uma moral própria clara e inabalável logo não é supresa que ele tenha desenvolvido sua carreira no western, como a do personagem de William Holden em Meu Ódio Será Sua Herança, a lealdade é tema central, O  de estilo de Sam Peckinpah inclui o uso constante do zoom e da câmera-lenta mas nunca sendo banal ou gratuito como no cinema atual e uma violência gráfica impressionante,um repertório que ele retomará em momentos posteriores de sua carreira, mesmo que em contextos diferentes.
            No clímax cheio de explosões e tiros longe da violência gratuita serve como um painel político e social da época, além da profundidade psicológica dos personagens até então inéditas nos filmes do gênero, uma obra sem igual.