segunda-feira, 11 de julho de 2011

Poderosa Afrodite: Woody Allen brinca com a cultura grega

 Poderosa Afrodite
(Mighty Afrodite) EUA/ 1995
Direção:Woody Allen
Elenco: David Ogden Stiers, F. Murray Abraham, Paul Giamatti, Woody Allen, Mira Sorvino, Michael Rapaport, Olympia Dukakis, Helena Bonham Carter, Jack Warden, Peter Weller
Nota=***
 “A Vida é irônica, não?”. Essa Ironia que os obcecados por ordem não conseguem apreciar, pois quando poderosa Afrodite chega ao final e constatamos o que faz essa vida irônica sabemos que ela só existe em um mundo onde o fantástico e o real se misturam.
A trama começa com o casal Lenny (Woody Allen) e Amanda Weinrib (Helena Bonham Carter) discutem sobre a adoção de um filho, a trama salta oito anos e com o filho adotado  já crescido e se mostrando um garoto inteligente e promissor Lenny resolve descobri quem são os pais do garoto, afinal uma criança dessas deve ter pais incríveis, logo  não só descobre que a mãe biológica do garoto é uma prostituta como também se apaixona por ela.
E Woody Allen não perder por usar sua criatividade, nesse filme o anfiteatro e a tragédia grega tem um espaço especial que rendem momentos incríveis como a cena em que Zeus é invocado são ótimos; há também um uso incrível da música, Woody Allen sempre mostrou cuidado com a trilha de seus filmes mas aqui ele esta inspiradíssimo.
A mitologia grega, deve-se dizer não é uma mera escada para as gracinhas do diretor, pois existem algumas referências muito sutis e inteligentes, por que Lenny se apaixonaria por uma prostituta? Porque o amor representado pela deusa Afrodite age de forma estranha quase como se a ironia do destino se limitasse a ser sua diversão.
E nesses momentos onde ao invés de optar pelo realismo Allen borra as fronteiras entre o real e o imaginário e que Poderosa Afrodite se torna um filme delicioso. Na medida em que o filme avança Allen pinta com  ironia o destino em seu filme, aqueles que são obcecados pela ordem, como dito no inicio, vão acusar o filme de inverossímil, mas é justamente por colocar magia na realidade que o filme chama atenção

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