sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tony Scott filma a relação homem-maquina

Incontrolável
(Unstoppable) EUA/2010
Direção: Tony Scott
Elenco: Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson, Ethan Suplee, Kevin Dunn, Jessy Schram, Kevin Corrigan, Lew Temple
Nota=****

Em Incontrolável, lá pelo inicio, vemos um dos condutores do trem descer dele para mudar a direção dos trilhos, o condutor acelera seu passo para voltar para dentro do trem mais essa maquina de cor vermelho-sangue  que também acelera como se soubesse que aquele homem vai doma lá, desculpe pelo exagero dessas primeiras linhas mas  essa relação do homem com a máquina é o tema central de Incontrolável.
No filme Washington e Pine ,ambos bem a vontade sabendo que não existe muita expectativa sobre o que podem fazer,  são os corajosos condutores que se arriscaram para controlar essa máquina desgarrada, seguindo o padrão dos filmes catástrofe o roteiro de Mark Bomback está recheado de clichês e cacoetes, mas a trama por si mesmo não é importante a Scott, mas mesmos assim ele tem seus méritos, na era em que filmes catástrofes são sinônimos de apocalipse e terroristas megalomaníacos, Incontrolável tem seu mérito em uma trama mais inocente, já no inicio do filme sabemos qual final esse vai ter levando em conta apenas o que é permitido no cinema-entretenimento, no qual o espectador paga seu ingresso só esperando diversão e nada mais, sem nenhum espaço para tragédias .
Mas o que faz desse um filme acima da média é o tesão de Scott(seu melhor filme em um bom tempo) em filmar a maquina, a câmera não para em nenhum momento nem quando filma os personagens e muito menos quando filma o trem desgovernado, afinal a velocidade é a melhor representante da maquina, e embalado tela trilha sonora “mecânica” faz a tensão das cenas crescer .
E quando o homem entra em cena para guiar á maquina essa não é apenas uma relação de servidão, o homem esta conectado ao aço do trem (essa relação é mais bem explorada em outro filmes do diretor como Dias de Trovão), o homem pode controlar as maquinas mas ainda depende dessas.
O que resta é um estória não muito interessante, um vilão-caricatura e um uso CGI que não agrada 100%(triste a cena da curva); mas isso é muito pouco perante ao trabalho de Scott.


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